O transplante de córnea é indicado para pessoas que possuem alguma doença que afeta esse órgão provocando uma baixa acuidade visual. A córnea é uma estrutura que cobre a parede anterior do olho, fazendo com que as imagens sejam focadas, quando alguma doença ou malformação acometem esta área o agravamento da situação pode até levar à cegueira.
No entanto, o procedimento só é recomendado quando outros tratamentos foram aplicados e não surtiram efeito, já que não é uma cirurgia tão simples como a de catarata, por exemplo. Entre 2021 e 2022 a rede pública brasileira realizou mais de 86 mil transplantes de córnea no Brasil e hoje ainda existem 24.319 pacientes na fila de espera para realizar um transplante.
Doenças que podem exigir o transplante
As doenças que acometem o olho provocando riscos mais graves gerando a necessidade do transplante de córnea são: ceratocone, infecções ou lesões que podem levar à formação de cicatrizes na córnea, distrofia de Fuchs, edema da córnea por diversas causas, e até mesmo por alterações no endotélio, uma das camadas da superfície ocular.
Como funciona a cirurgia
A cirurgia de transplante de córnea funciona da seguinte forma: a córnea doente é retirada totalmente, e a estrutura substituída por outro tecido. Esta córnea substitutiva vem de um doador do Banco de Olhos.
Quem pode ser doador
O tecido que será suplantado é proveniente de algum doador que teve morte por parada cardíaca ou morte encefálica nos casos em que a família autorizou a doação dos órgãos. A retirada deve ser em um tempo igual ou inferior a 6 horas, com idade acima ou igual a 2 anos e abaixo de 80.
Riscos
Os riscos estão presentes no período do pós-operatório imediato e no pós-operatório tardio. Em média na cirurgia de transplante de córnea o paciente leva 16 pontos. Em alguns casos o organismo do paciente pode rejeitar o novo tecido, e isso indica a realização de um novo transplante. Importante lembrar também que este não é uma solução definitiva, pois o período médio que a córnea substituída tem suas propriedades preservadas é de 20 anos, tendo que realizar uma nova cirurgia após este tempo.
Recuperação
A recuperação do paciente pode demorar até um ano completo. Isso porque o corpo estará se adaptando ao novo tecido e precisa de um tempo até incorporá-lo, neste período é imprescindível o acompanhamento de um médico oftalmologista. A visão fica muito melhor do que antes, porém é possível que o grau de erro de refração esteja maior, mas isso só pode ser definido após um ano da cirurgia.
Para sanar suas dúvidas e entender melhor se seu caso é indicação de cirurgia de transplante de córnea entre em contato com um médico oftalmologista.